TAG: Escritores




Olá! Pra dar uma movimentada no blog, resolvi responder umas "tags" de blogs literários que eu encontrei e achei interessantes. A primeira que me atraiu foi a Tag "escritores" que eu entrei no blog "Trocando o Disco".


1) O escritor que te iniciou no mundo da leitura


Então, os primeiros livros que eu li foram de uma coleção que eu ganhei da minha vó aos 6 anos, de Histórias Ilustradas da Bíblia, essa coleção aqui:

Mas como eu não sei quem é o autor dela, e nem sei se tem um autor ou apenas um organizador, então vamos passar para o próximo de quem eu lembro de ter lido mais livros na infância (pelo menos no quesito "livros que eu pegava pelo autor"): Monteiro Lobato. Yeps, igual à menina do Trocando o Disco. Acontece que o Sítio do Pica-pau Amarelo foi um dos programas que marcou forte presença na minha infância, tanto na versão com a Isabelle Drummond como a anterior (mas eu era beeem pequena quando essa anterior passava na TV). Então foi um pulo passar das telas para as páginas. Desde então eu quase sempre faço o caminho inverso: páginas primeiro, tela depois.


2) Um escritor que te ganhou de volta e um que te perdeu pra sempre




Tem dois escritores que me perderam para sempre, que eu lembro assim de cabeça. Vou falar do pior dos dois: Allan Massiê. Ele tem umas duas séries ambientadas em Roma e na Alta Idade Média, respectivamente. Eu peguei um livro de cada, acredito que Júlio César, e com certeza Rei Artur. Li um pouco do Rei Artur e quase vomitei; sexualmente explícito de uma forma nojenta. O de Roma, então, decidi nem iniciar. Devolvi os dois livros à biblioteca e risquei o nome desse autor pra sempre da minha lista. *TRAUMA*




É difícil achar alguém que tenha me ganhado de volta, eu sempre sou meio fiel aos escritores que gosto. Bem, acho que a Cressida Cowell, com a série "Como treinar o seu dragão" (que tem muito pouco a ver com os filmes baseados nela, diga-se). Eu tinha achado os primeiros três livros fraquinhos, água com açúcar, e acabei largando de mão, perdendo a vontade de ler a série. Um tempo depois, peguei de novo, e curti muito. Os livros finais da série têm a trama bem construída e interessante, sem perder o tom bem infanto-juvenil, claro. Acho que posso dar esse ponto pra ela. Só me falta ler o último.



3) Um escritor brasileiro e um estrangeiro


Vou pegar dois que, de certa forma, se assemelham. 

Para o escritor brasileiro, escolho Dias Gomes. Eu só li um livro dele, "O Bem Amado" (também vi o filme, um dos filmes brasileiros que mais gostei), mas só por esse livro já adorei o autor. É incrível a precisão com que ele capta a política e a sociedade brasileira, especialmente dos municípios menores. Se você nunca leu O Bem Amado, eu super recomendo. É engraçado e um pouco trágico, e super atual.

Para o escritor estrangeiro, vou ficar com Nikolai Gógol. Ele é um dos meus favoritos de todos os tempos. É um autor russo do começo do século XIX, mas o que eu disse sobre Dias Gomes ser atual e engraçado vale para ele também. Da suas muitas obras que eu amo, os livros "Almas Mortas" e "O Inspetor Geral" (que é uma peça de teatro) também parodiam a sociedade e a política. Gogol é simplesmente adorável!

4) Um escritor "zona de conforto"


Agatha Christie, sem titubear. Não vou dizer que nunca desgostei dos livros dela; tem uma meia dúzia que eu não curti não, mas nada a ponto de me fazer desistir da autora. Ela escreveu mais de 80 novelas policiais e 6 romances sob o pseudônimo de Mary Westmacott. Eu li aproximadamente quarenta das novelas policiais e um dos romances, então ela é a escritora em que eu sei exatamente o que vou encontrar, algumas vezes já consigo até acertar os finais, mas nem sempre, porque a dama do crime dá um nó na sua cabeça com aquelas tramas intrincadas. São bons livros para se distrair, e geralmente não ficam na sua cabeça por muito tempo depois de lê-los (embora eu tenha tido um pesadelo uma vez com a assassina idosa de um dos livros).

5) Um escritor que você traria de volta dos mortos


Dostoiévski. Sem piscar. E casava com ele. Tá certo que ele era um pouco problemático com a epilepsia, o vício em jogo e otras cositas más, mas o homem era um gênio, e ainda por cima, ruivo! (A se acreditar nas pinturas disponíveis, claro).
Fiódor Dostoiévski é o autor de "Crime e Castigo" e outras obras famosas nos círculos intelectuais como livros extremamente profundos. E eles são isso. Mas eles também são viciantes, isto é, o modo de escrita dele é muito atraente, e você não consegue parar de ler. Ele alterna entre diálogos filosóficos enormes e cenas eletrizantes, tudo muito bem harmonizado, e você não consegue desgrudar o olho. Bem, aviso que como ele é um autor antigo, ele tem aquele modo de narrar próprio da sua época, em que os livros não começam imediatamente com a ação, como os mais modernos. Mas uma vez que você tenha agarrado a trama da história, não vai mais querer parar. E de bônus, ganha uma cabeça cheia de caraminholas, pensando na vida, o universo e tudo o mais.

Não vou taguear ninguém, até porque *ainda* não tenho blogs parceiros. Deixo à disposição todos que ainda não fizeram essa TAG e ficaram interessados.

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